A Inteligência Artificial (IA) é uma das tecnologias mais comentadas e presentes no nosso dia a dia. Ela está em aplicativos, redes sociais, sites de compras, escolas e até nas nossas casas. Mas afinal, o que é essa tal de IA e como ela surgiu?
A Inteligência Artificial (IA) é uma área da tecnologia que busca fazer com que máquinas imitem a forma como os seres humanos pensam e agem. Isso significa que elas podem aprender com dados, tomar decisões, reconhecer padrões e até se comunicar com as pessoas. Um exemplo disso são os assistentes virtuais, como a Siri e a Alexa, os tradutores automáticos, e os sistemas de recomendação, como os da Netflix ou do YouTube.
Essas máquinas não nascem inteligentes — elas se tornam mais eficientes ao aprender com grandes quantidades de informações. Quanto mais dados uma IA recebe e processa, mais ela "aprende" e melhora suas respostas. Por isso, dizemos que a IA não é programada passo a passo, mas sim treinada para aprender com a experiência.
A ideia de criar máquinas que pensam como humanos começou entre os anos 1940 e 1950. Um dos primeiros cientistas a pensar nisso foi Alan Turing, que criou um conceito chamado "Máquina de Turing" e propôs um experimento conhecido como Teste de Turing, para avaliar se uma máquina poderia conversar como uma pessoa sem ser percebida.
O termo "Inteligência Artificial" foi usado pela primeira vez em 1956, por John McCarthy, durante um encontro entre cientistas. Na época, a IA só fazia tarefas simples, como jogar xadrez. Com o tempo e a evolução dos computadores, da internet e do volume de dados disponíveis, a IA cresceu e passou a ser usada em áreas como saúde, educação, segurança, negócios e comunicação.
O Teste de Turing foi criado pelo matemático britânico Alan Turing em 1950. Ele é considerado um dos pais da computação moderna e foi um dos primeiros a pensar na possibilidade de máquinas "pensarem". O teste foi proposto em seu artigo chamado “Computing Machinery and Intelligence” (Máquinas de Computar e Inteligência), onde ele fez a pergunta: "As máquinas podem pensar?"
Para tentar responder a isso, Turing imaginou um experimento: uma pessoa (humana) faria perguntas, por meio de um computador, para dois participantes escondidos — um humano e uma máquina. Se essa pessoa não conseguisse distinguir quem era o humano e quem era a máquina, então a máquina teria passado no teste. Ou seja, o teste mede a capacidade de uma IA se comportar de forma indistinguível de um ser humano durante uma conversa.
Apesar de ser uma ideia criada há mais de 70 anos, o Teste de Turing ainda é muito importante. Ele não mede se a máquina realmente "entende" como um ser humano, mas sim se ela consegue imitar o comportamento humano com sucesso. Poucas IAs conseguiram passar no teste por completo, mas muitas, como os modelos de linguagem (LLMs), chegam muito perto, especialmente em conversas simples.
Mais do que uma prova, o Teste de Turing serviu como inspiração para o desenvolvimento da inteligência artificial moderna, desafiando cientistas a criarem máquinas cada vez mais inteligentes e próximas da linguagem e do pensamento humano.
As LLMs, sigla em inglês para Large Language Models (ou Modelos de Linguagem de Grande Escala, em português), são um tipo de Inteligência Artificial especializada em entender e gerar linguagem humana — ou seja, ler, escrever, traduzir e conversar com as pessoas por meio de texto.
Esses modelos são "treinados" usando bilhões de palavras e frases retiradas de livros, sites, notícias, redes sociais e outras fontes de texto disponíveis na internet. Durante esse treinamento, a IA aprende os padrões da linguagem: como as palavras costumam aparecer juntas, qual o significado mais provável de certas expressões e até o tom de uma conversa (formal, informal, engraçado, etc.).
Você pode imaginar as LLMs como uma espécie de "adivinhador inteligente de palavras". Quando você escreve uma frase, o modelo usa tudo o que aprendeu para prever qual deve ser a próxima palavra, e assim por diante, até formar uma resposta completa. Essa previsão é baseada em probabilidades e padrões de linguagem.
Por exemplo, se você digita “O céu está…”, a IA sabe que a próxima palavra provavelmente será “azul”, “nublado” ou “limpo”, dependendo do contexto. Quanto mais completa e clara for a sua pergunta (ou prompt), melhor será a resposta da IA.
As LLMs são muito versáteis e já estão sendo usadas em diversas áreas, como:
As LLMs representam um grande avanço na forma como as pessoas interagem com computadores. Elas tornam a tecnologia mais acessível, pois agora você não precisa saber programação para conversar com uma máquina — basta escrever em linguagem natural. Isso abre portas para que mais pessoas possam estudar, criar e trabalhar com a ajuda da IA
Vários serviços populares hoje usam LLMs. Veja alguns:
Essas ferramentas ajudam pessoas a estudarem, programarem, criarem textos, tirarem dúvidas, organizarem ideias e até resolverem problemas no trabalho.
Para se comunicar bem com uma inteligência artificial, como o ChatGPT, é essencial escrever bons prompts — ou seja, saber o que perguntar e como perguntar. Um prompt é a instrução que você dá para a IA, e quanto mais claro, direto e detalhado ele for, melhor será a resposta.
Veja este exemplo:
Quando o pedido é muito genérico, a IA pode dar uma resposta vaga ou ampla demais. Mas quando você especifica o assunto, o local, o tipo de resposta que espera, a IA entende melhor e entrega um conteúdo mais útil e completo.
Com o crescimento do uso de IAs em empresas, escolas e no dia a dia, saber escrever bons prompts se tornou uma habilidade valiosa e procurada. Quanto mais prática você tiver, mais fácil será aproveitar todo o potencial dessas ferramentas.
Essa é uma pergunta muito comum e que gera preocupação em muitas pessoas. A realidade é que a Inteligência Artificial não veio para substituir os seres humanos, mas para transformar a forma como trabalhamos. Sim, algumas tarefas repetitivas e manuais podem ser automatizadas, mas ao mesmo tempo, novas profissões estão surgindo — como treinadores de IA, analistas de dados, desenvolvedores de modelos inteligentes e criadores de conteúdo com IA.
As pessoas que aprendem a usar a IA como uma aliada terão mais oportunidades no futuro. Saber conversar com uma IA, criar bons prompts e interpretar as respostas são habilidades que podem fazer a diferença no mercado de trabalho. Em vez de temer a tecnologia, o melhor caminho é se adaptar, aprender e crescer junto com ela.
A Inteligência Artificial está mudando o mundo e a forma como vivemos, estudamos e trabalhamos. Entender o que ela é, como funciona e como usá-la de forma ética e inteligente é essencial para aproveitar o melhor dessa revolução tecnológica. E o mais importante: a IA não é o futuro — ela já é o presente.